segunda-feira, 18 de julho de 2011

B. B. KING



Imagem: Alex Doeppre
Na Sexta-feira do dia 17 de novembro de 1995, Porto Alegre teve a sua segunda oportunidade de ver o gênio do Blues: B. B. King. Ele é considerado pai por músicos como Buddy Guy, Eric Clapton e Jimmi Hendrix.

Quando marcava 21h e 35min no relógio, a B. B. King Orchestra formada por Tony Coleman e Calep Emphrey Jr (bateria), Walter King (irmão de B. B.) e Melvin Jackson (saxofone), James Bolden (trompete), Leon Warren (guitarra), James Toney (teclado) e Michael Doester (baixo) sobe ao palco para preparar o clima e apresentar seus instrumentos ao público. Depois de 15min aparece um senhor gordo usando um vistoso casaco dourado: é B. B. King. A partir daí fica difícil descrever o que aconteceu. King é pura alma do Blues. Ele consegue tirar da guitarra aquela nota exata que te leva às profundezas da alma.

O show de duas horas e quase 20 músicas começa com Let The Good Times Roll e a partir disto é só festa. Mesmo com 70 anos nas costas, King consegue eletrizar a platéia, se sacudindo, rebolando, mandando beijos, colocando a mão nas cinturas. Um dos momentos mais lindos foi quando King estava preparando a banda para iniciar nova música e o público começou a gritar seu nome em um crescendo. King não resistiu, parou tudo e foi agradecer a platéia. Falando em agradecimento, a cada solo feito por um dos membros da banda, eles curvavam-se ao mestre, que retribuía, parecendo um relacionamento entre a majestade e seus súditos. Na realidade é o respeito pela figura do Mestre do Blues.

Quando estava passando de 1 hora de espetáculo, o trio de metais retira-se e King senta em uma cadeira para um momento mais intimista (claro que também tem a ver com a idade). Neste set o mestre mostra entre outras, Rock Me Baby – grande clássico do Blues. Quando o show aproximava-se das 2 horas, os metais voltam e King levanta-se para beijar sua Lucille – guitarra que o acompanha há 46 anos – e mostra ao público, que retribui com aplausos. Após a última música, When Love Comes To Town, King começa a jogar ao público uma série de palhetas que são disputadíssimas. Foram duas horas de um memorável espetáculo. Muito obrigado Mister B. B. King.

Texto: Denilson Rosa dos Reis
Ilustração: Alex Doeppre

quinta-feira, 14 de julho de 2011

TIA CARROLL


A cantora de rhythm’n’blues conhecida como Tia Carroll, nasceu em Richmond, na Califórnia, Estados Unidos e, como muitas meninas, começou cantando em igrejas batistas locais. Influenciada por artistas como Stevie Wonder e Sam Cooke, é hoje comparada constantemente com lendas como Aretha Franklin, Koko Taylor e Tina Turner.


Carroll veio ao Brasil para lançar o terceiro disco de sua carreira, “Soul Survivor”. A carreira de Tia Carroll, embora curta, é bastante promissora com vários prêmios conquistados: West Coast Female Blues Vocalist (2007), Traditonal Blues Woman of the Year (2008) e Band Leader of the Year (2009). Apontada como “a nova diva do rhythm’n’blues”, pelo jornal Washigton Post, Carroll é dona de uma voz fascinante e dona de uma senhora presença de palco.

O show de Tia Carroll, em Porto Alegre, foi no dia 12 de junho de 2011, uma boa pedida, pois a data comemora o Dia dos Namorados. Já em sua primeira música, Carroll mostrou que seu repertório é repleto de baladas do rhythm’n’blues ao cantar “Sitting on the Dock of the Bay”, do consagrado cantor Ottis Redding. O público, é claro, agradeceu de forma calorosa, e a partir daí, o clima entre a cantora e a plateia foi de reciprocidade: ela cantando e encantando, e o público aplaudindo e reverenciando. Carroll interpretou suas influências como Aretha Franklin e ainda fez releitura de “Purple Rain”, do Prince. No bis, presenteou-nos com “Summertime”.

Texto: Denilson Rosa dos Reis
Informações biográficas: release