Imagem: Alex Doeppre |
Na Sexta-feira do dia 17 de novembro de 1995, Porto Alegre teve a sua segunda oportunidade de ver o gênio do Blues: B. B. King. Ele é considerado pai por músicos como Buddy Guy, Eric Clapton e Jimmi Hendrix.
Quando marcava 21h e 35min no relógio, a B. B. King Orchestra formada por Tony Coleman e Calep Emphrey Jr (bateria), Walter King (irmão de B. B.) e Melvin Jackson (saxofone), James Bolden (trompete), Leon Warren (guitarra), James Toney (teclado) e Michael Doester (baixo) sobe ao palco para preparar o clima e apresentar seus instrumentos ao público. Depois de 15min aparece um senhor gordo usando um vistoso casaco dourado: é B. B. King. A partir daí fica difícil descrever o que aconteceu. King é pura alma do Blues. Ele consegue tirar da guitarra aquela nota exata que te leva às profundezas da alma.
O show de duas horas e quase 20 músicas começa com Let The Good Times Roll e a partir disto é só festa. Mesmo com 70 anos nas costas, King consegue eletrizar a platéia, se sacudindo, rebolando, mandando beijos, colocando a mão nas cinturas. Um dos momentos mais lindos foi quando King estava preparando a banda para iniciar nova música e o público começou a gritar seu nome em um crescendo. King não resistiu, parou tudo e foi agradecer a platéia. Falando em agradecimento, a cada solo feito por um dos membros da banda, eles curvavam-se ao mestre, que retribuía, parecendo um relacionamento entre a majestade e seus súditos. Na realidade é o respeito pela figura do Mestre do Blues.
Quando estava passando de 1 hora de espetáculo, o trio de metais retira-se e King senta em uma cadeira para um momento mais intimista (claro que também tem a ver com a idade). Neste set o mestre mostra entre outras, Rock Me Baby – grande clássico do Blues. Quando o show aproximava-se das 2 horas, os metais voltam e King levanta-se para beijar sua Lucille – guitarra que o acompanha há 46 anos – e mostra ao público, que retribui com aplausos. Após a última música, When Love Comes To Town, King começa a jogar ao público uma série de palhetas que são disputadíssimas. Foram duas horas de um memorável espetáculo. Muito obrigado Mister B. B. King.
Texto: Denilson Rosa dos Reis
Ilustração: Alex Doeppre
Gente,eu só queria lhes dar,uma informação! O SAXOFONISTA, do B.B.king, WALTER KING, não é irmão do B.B.KING, o fato deles terem, o mesmo sobrenome, isso não os torna irmão não.
ResponderExcluirAí,provavelmente,alguém deve dizer, que o outro MÚSICO do B.B.KING, o SAXOFONISTA MELVIN JACKSON, é irmão do MICHAEL JACKSON,isso,também,não é verdade é apenas uma coincidência de sobrenome. (GENTE POR FAVOR INFORMAÇÃO ERRADA NÃO PÔDE)
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